quinta-feira, 10 de abril de 2014

VICIADOS EM CONSUMO (ONEOMANIA)

A doença do consumo desenfreado chama-se oneomania. Mania de ter ônus, impulso obsessivo por compras, vontade incontrolável de comprar, sem critérios, sem necessidade e, mesmo sem dinheiro. É classificada como uma doença obsessivo-compulsiva. 
Em parte, essa doença é consequência do estilo de vida que a sociedade nos imprime. Somos bombardeados constantemente por inúmeros apelos de consumo. Seja na internet, televisão, rádio, enfim, por todo lado tem alguma coisa nos pressionando para comprar isto ou aquilo. Nem sempre nos damos conta se precisamos ou se temos condições financeiras. Só sentimos que queremos e pronto! As telenovelas são exemplos claros. Criam modas e necessidades. Todo mundo quer o corte de cabelo da atriz tal, o relógio, o carro, etc. O aparelho de telefonia móvel tem que ser o último modelo, o mais tecnológico possível, mesmo que não se use todos seus recursos. E assim por diante. As chamadas propagandas subliminares, que só são percebidas pelo subconsciente, nos levam a ser atraídos por produtos sem muita conexão com a nossa realidade e, muitas vezes, nos causam os transtornos comuns da doença do consumo. 
São frequentes as brigas entre casais, problemas no emprego, relacionamento com amigos e familiares devido à gestão confusa e danosa da vida financeira. 

Cena do filme “Delírios de consumo de Becky Bloom”.
 Os principais sinais da oneomania são:  
·        Não ter controle financeiro nenhum; 
·        Ter muitos cartões de crédito; 
·        Pagar o valor mínimo do cartão de crédito; 
·        Contrair empréstimos para pagar outros empréstimos; 
·        Desconhecer quanto deve; 
·        Está sempre procurando coisas para comprar; 
·        Tem atritos familiares por conta de gastos excessivos; 
·        Paga as contas sempre com atraso; 
·        Compra produtos em quantidades exageradas; 
·        Mente ou esconde  compras e dívidas; 
·        Está sempre buscando novas formas de crédito; 
·        Gasta mais do que pode pagar. 
 O consumo causa um bem estar extremo. É um vício como outro qualquer. Muitas vezes ganha força de remédio para depressão, frustração, vazio ou coisa parecida. Por isso deve ser tratado. Assim como outros vícios, o primeiro passo é o reconhecimento da doença e a iniciativa de procurar ajuda. 

Algumas dicas para controlar o vício do consumo:  
·        Elaborar um orçamento financeiro que comporte seus gastos e estilo de vida; 
·        Limitar o uso de cartão de crédito, reduzir o número de cartões e paguar sempre a fatura total. Caso não consiga elimine-os! 
·        Busque conhecer as causas de sua ansiedade por compras: solidão, vazio, depressão, etc., e trate de cuidá-las; 
·        Não se sinta inferior por não ter o último modelo ou o mais moderno. Não entre nesta competição; 
·        Pensar sempre se o produto é mesmo essencial. Se posso viver sem ele. Estabeleça prioridades para sua vida e não para um momento; 
·        Evitar cair no canto das sereias das propagandas. Seja seletivo nas suas escolhas; 
·        Enfim, educação financeira, psiquiatra e grupos de terapia são os remédios mais indicados para o tratamento. 


  

quinta-feira, 3 de abril de 2014

JUROS (CDI) X IPCA X PIB - 2000 A 2014

O passado talvez não seja parâmetro para avaliarmos ações futuras, mas pode nos dar uma noção do que pode acontecer.
Os juros, praticados no passado, que fizeram a inflação mostram que, ainda devemos ter mais altas pela frente. É verdade que há inúmeros outros fatores que possam ser determinantes, tais como, gasto público, clima, produtividade, crescimento mundial, etc. Em todo caso vale a pena dar uma espiada no passado:


  Ano IPCA CDI-Bruto CDI-Liquido Juros Reais PIB
  Bruto Liquido
  2000 5,97% 17,33% 14,73% 10,72% 8,27% 4,31%
  2001 7,67% 17,36% 14,76% 9,00% 6,58% 1,31%
  2002 12,53% 19,11% 16,24% 5,85% 3,30% 2,66%
  2003 9,30% 23,25% 19,76% 12,76% 9,57% 1,15%
  2004 7,60% 16,24% 13,80% 8,03% 5,77% 5,71%
  2005 5,69% 18,92% 16,08% 12,52% 9,83% 3,16%
  2006 3,14% 14,91% 12,67% 11,41% 9,24% 3,96%
  2007 4,46% 11,76% 10,00% 6,99% 5,30% 6,09%
  2008 5,90% 12,33% 10,48% 6,07% 4,33% 5,17%
  2009 4,31% 9,84% 8,36% 5,30% 3,89% -0,33%
  2010 5,91% 9,76% 8,30% 3,64% 2,25% 7,53%
  2011 6,50% 11,60% 9,86% 4,79% 3,15% 2,73%
  2012 5,84% 8,40% 7,14% 2,42% 1,23% 0,87%
  2013 5,91% 8,06% 6,85% 2,03% 0,89% 2,30%
* 2014 6,30% 11,00% 9,35% 4,42% 2,87% 1,6%*
               
* Projeção   IR calculado 15%      

Brasil é o pior em retorno de imposto à população, aponta estudo - 03/04/2014 - Mercado - Folha de S.Paulo

Brasil é o pior em retorno de imposto à população, aponta estudo - 03/04/2014 - Mercado - Folha de S.Paulo

quarta-feira, 19 de março de 2014

GASTOS COM VIAGENS NO EXTERIOR

TIPO 
IOF 
 
OBSERVAÇÕES 
 
DINHEIRO EM ESPÉCIE 
 
0,38% 
PAGA-SE MENOS IOF, 
TEM-SE O VALOR DEFINIDO NO ATO DA COMPRA 
INCONVENIENTE DE TRANSPORTAR 
CUIDADO COM FURTOS 
TRAVELER CHEQUES 
 
6,38% 
TEM-SE O VALOR DEFINIDO NO ATO DA COMPRA 
TEM MAIOR SEGURANÇA QUE O DINHEIRO 
INCONVENIENCIA DE TROCAR NOS BANCOS LOCAIS 
CARTÃO PRÉPAGO 
 
6,38% 
TEM-SE O VALOR DEFINIDO NO ATO DA COMPRA 
É BEM ACEITO EM VÁRIOS ESTABELECIMENTOS 
PODE-SE RECARREGAR A QUALQUER MOMENTO 
EVENTUAIS SOBRAS PODEM SER REVENDIDAS OU GUARDADAS PARA PRÓXIMAS VIAGENS 
SE HOUVER PERDA DO CARTÃO HÁ REPOSIÇÃO 
 
 
CARTÃO DE CRÉDITO 
 
6,38% 
É MAIS ÚTIL PARA EMERGÊNCIAS 
O VALOR DO CÂMBIO SÓ É CONHECIDO NA FATURA, PORTANTO PODE-SE TER SURPRESAS DESAGRADÁVEIS  

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Noel Rosa, Getúlio Vargas e o crash da bolsa de Nova York

Noel Rosa e Braguinha abusam da ironia para criticar as atitudes do governo provisório de Getúlio Vargas, que chegou ao poder através de um golpe em 1930. Getúlio pedia ao povo que tivessem boa vontade, otimismo e alegria para enfrentar a crise que se abatia no Brasil, agravada pela quebra na bolsa de Nova York em 1929. Os preços das commodities estavam em queda e o governo brasileiro descartou milhares de sacas de café para conter o preço.
Tudo isso neste samba histórico.
"Samba da Boa Vontade"
(Campanha da boa vontade)
Viver alegre hoje é preciso
Conserva sempre o teu sorriso
Mesmo que a vida esteja feia
E que vivas na pirimba
Passando a pirão de areia
Gastei o teu dinheiro
Mas não tive compaixão
Porque tenho a certeza
Que ele volta à tua mão
Se ele acaso não voltar
Eu te pago com sorriso
E o recibo hás de passar
(Nesta questão solução sei dar)
Neste Brasil tão grande
Não se deve ser mesquinho
Quem ganha na avareza
Sempre perde no carinho
Não admito ninharia
Pois qualquer economia
Sempre acaba em porcaria
(Minha barriga não está vazia)
Comparo o meu Brasil
A uma criança perdulária
Que anda sem vintém
Mas tem a mãe que é milionária
E que jurou batendo o pé
Que iremos à Europa
Num aterro de café
(Nisto eu sempre tive fé)

E se vivêssemos todos juntos (filme)



Ano: 2012
Dirigido por: Stéphane Robelin
Elenco; Jane Fonda, Pierre Richard, Geraldine Chaplin
País: Alemanha, França
O filme trata da questão do envelhecimento, do abandono, do que fazer da vida quando ela está no fim, e não há mais grandes expectativas.
Segue a linha do "Exótico Hotel Marigold".
Cinco amigos  se conhecem há mais de 40 anos e começam a enfrentar os problemas da velhice e resolvem viver juntos.


domingo, 23 de fevereiro de 2014

Pesquisa divide classe média em promissores e batalhadores; qual você é?

UOL 23/02/2014

O Instituto Data Popular e a Serasa Experian divulgaram nesta terça-feira (18) um estudo que divide a nova classe média brasileira em quatro perfis: promissores, batalhadores, experientes e empreendedores.
O Data Popular considera como pessoas pertencentes à classe média aquelas com renda familiar mensal de R$ 1.694 a R$ 3.094.
Cerca de 108 milhões de brasileiros, ou 54% da população, fazem parte desse grupo atualmente. Se formasse um país, a classe média brasileira ocuparia a 12ª posição em número de habitantes, à frente, por exemplo, de Alemanha, Egito e França.
Para dividir esses consumidores em quatro perfis, o Data Popular e a Serasa Experian consideraram apenas aqueles que têm mais de 16 anos, ou quase 77 milhões de pessoas.

Jovens, solteiros e com carteira assinada

O que o estudo classifica como "promissores" são, em sua maioria, solteiros, com ensino médio completo, idade média de 22,2 anos e emprego com carteira assinada. Eles totalizam 14,7 milhões de pessoas e gastaram, juntos, R$ 230,8 bilhões, principalmente com beleza, veículos, educação, entretenimento, itens para casa e tecnologia.
Para eles, a vida é feita de oportunidades e o acesso a crédito ajuda a melhorar a condição financeira. Segundo o estudo, porém, mais da metade, ou 51% das pessoas que se encaixaram nesse perfil, já tiveram algum descontrole financeiro.
Os "batalhadores" são, segundo o Data Popular e a Serasa Experian, 30,3 milhões de pessoas (39%). É o maior grupo e o que mais consumiu no ano passado: suas despesas chegaram a R$ 388,93 bilhões. Eles têm idade média de 40,4 anos.
São pessoas que veem, no emprego, o caminho para a estabilidade e para a realização de sonhos e desejos. Integrantes desse grupo gastam seu dinheiro sobretudo em turismo nacional, veículos, eletroeletrônicos, imóveis, movéis, eletrodomésticos e seguros.

Aposentados que se mantêm no mercado de trabalho

Outro perfil detalhado pelo estudo tem 20,5 milhões de pessoas (26%) e classifica os integrantes com "experientes".
São pessoas com idade média de 65,8 anos, muitas aposentadas. Para eles, o momento pós-aposentadoria pode ser sinônimo de depressão e preconceito por parte dos mais jovens. Por isso muitos se mantêm no mercado de trabalho.
O seu consumo anual é de R$ 274 bilhões e está relacionado a turismo nacional, eletroeletrônicos, serviços de saúde, móveis e eletrodomésticos.
Já os "empreendedores" são 11,6 milhões de pessoas (16%) com idade média de 43 anos e maior escolaridade do que os demais. Eles valorizam a liberdade e consideram que o trabalho deve ser responsável pelo sustento, mas é importante fazerem uma atividade de que gostam.
É o grupo com maior renda per capita e seu consumo total chegou a R$ 276 bilhões no ano passado. Os principais gastos foram com educação, eletroeletrônicos, turismo internacional, tecnologia, veículos e entretenimento.

Nova classe média gastou R$ 1,17 trilhão em 2013

O estudo "Faces da Classe Média" demorou um ano para ser finalizado e tem por objetivo ajudar empresas, agências de publicidade e governos a elaborar ações com foco nesses consumidores.
Segundo o estudo, a nova classe média brasileira gastou, no ano passado, R$ 1,17 trilhão. Essa camada da população foi responsável por movimentar 58% do crédito concedido no país no ano passado.
A expectativa, segundo o estudo, é que, até 2028, 58% dos brasileiros façam parte dessa camada da população, o que vai significar 125 milhões de pessoas dentro de uma população total estimada de 216 milhões de habitantes.