quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Ranking com os 20 países que mais receberam investimento estrangeiro direto em 2013


 PaísInvestimento 2013 (US$ bilhões)Ranking 2012
1Estados Unidos1591
2China1272
3Rússia949
4Ilhas Virgens Britânicas924
5Hong Kong723
6Canadá6410
7Brasil635
8Singapura567
9Reino Unido536
10Irlanda4611
11Austrália408
12México3819
13Espanha3713
14Alemanha3240
15Luxemburgo31198
16Índia2815
17Holanda2226
18Chile2012
19Bélgica19200
20Indonésia1916

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

MERPOSA


 

No início dos anos 70, época do milagre brasileiro, a Bolsa de Valores de São Paulo passava por momentos de euforia: pessoas ficavam ricas da noite para o dia, pelo menos no boato.
Havia inúmeros lançamentos de empresas. Muitas delas não possuíam nenhum fundamento técnico. A bolsa não tinha tanto controle e exigências como hoje. Os negócios eram feitos via telefone e pregão viva voz, as notícias econômicas eram escassas e sem muita qualificação. Ou seja, o mercado era facilmente manipulado. Bastava espalhar uma boato qualquer.
Até que surgiu uma brincadeira entre os operadores, sobre um lançamento de uma empresa espetacular, que iria enriquecer rapidamente quem as comprasse. Tratava-se da “MERPOSA – MERDA EM PÓ S/A”.
A brincadeira correu pelas mesas de operação das corretoras e bancos e até surgiram interessados na aquisição das tais ações.
 Época de um mercado pequeno, com pouca regulação, fechado e baixo nível de informações.
O termo “MERPOSA”, usado até hoje, transformou-se em sinônimo de empresas ruins, cujo preço de tão depreciados viram “pó”.
 

Planos de Saúde/Seguro Saúde:Um desafio para o planejamento de aposentadoria.


Ao elaborar um planejamento de aposentadoria, um dos itens mais difíceis e complexos de lidar, são os custos com a saúde.

Não sabemos quanto tempo viveremos e que tipo de doença poderá nos acometer, e quais os cuidados e medicamentos terão que dispor. Sobretudo, sabemos que, estatisticamente, estamos vivendo mais tempo, porém nem sempre com a qualidade e padrão que gostaríamos.

Somadas as essas incertezas, temos um ponto crucial: quanto nós gastaremos com o plano de saúde ou seguro saúde?

Aqui tenho que abrir um parêntese. Segundo o IBGE 75% dos brasileiros não possuem nenhum plano ou seguro saúde, nem planejamento de aposentaria complementar. Ou seja, dependerão exclusivamente da aposentadoria oficial e do SUS. Situação cada vez mais preocupante, em face da estrutura deficiente e crítica das instituições públicas e falta de projetos de médio e longo prazo.

Os planos de saúde possuem reajustes de preços controlados pela ANS – Agência Nacional de Saúde, fato que torna um pouco mais fácil de projetar o orçamento pessoal, pois normalmente esses reajustes acompanham de perto os índices de inflação. Por outro lado, estes planos estão fadados ao fracasso e extinção. As operadoras não querem mais oferecer esse produto. Muitos deles estão em dificuldades financeiras e dão coberturas limitadas, descredenciam hospitais, laboratórios e profissionais. Remuneram mal os prestadores, atrasam o pagamento, glosam pedidos médicos e dificultam o acesso aos serviços.

Por outro lado, o seguro saúde tem uma rede de prestadores maior e mais qualificada. As operadoras preferem trabalhar essa modalidade de serviço, pois fogem à regra da ANS de reajuste de preços. Estes são praticados de acordo com a sinistralidade da carteira, e esses dados não são de fácil acesso dos segurados. Então eles praticam os preços que bem lhes convier. Nos últimos anos foram sempre muito acima da inflação.

Se acaso o cidadão for pagar por um serviço médico, nos deparamos com um absurdo ainda maior: os preços são diferenciados. Exames laboratoriais, principalmente. As operadoras remuneram, pelo mesmo exame valores infinitamente menores do que um usuário individual. As consultas médicas, da mesma forma. Na média, uma consulta custa R$250,00 em São Paulo, as operadoras remuneram os prestadores em R$50,00!Uma colonoscopia custa cerca de R$10.000,00 (dez mil reais), caso você não tenha um plano qualquer; as operadoras reembolsam aos prestadores cerca de R$ 800,00 (oitocentos reais). São diferenças absurdas, sem nenhum respaldo jurídico, lógico ou financeiro. As autoridades fingem que não sabem. Segundo o código do consumidor isso é proibido. Mas nada é feito para coibir essa prática conhecida por todos.

O grande desafio é projetar os custos com o seguro: temos que trabalhar com uma grande margem de segurança para que no futuro não tenhamos uma desagradável surpresa ao perceber que a conta não fecha.

Observamos que o governo é omisso a esse respeito. As informações estatísticas são conhecidas: o envelhecimento da população, o estrangulamento do sistema público de saúde, as dificuldades dos planos tradicionais de saúde e as baixas remunerações da Previdência Social. O Estado não cria mecanismos de incentivo aos planos de saúde e seguro saúde, que podem desonerar a rede pública. Não promovem alternativas a essas modalidades ineficientes e onerosas.

Corremos o risco de um empobrecimento ainda maior da população que está envelhecendo, triste e doente.

O que assistimos é uma falta de respeito aos cidadãos e a constituição.