No início dos anos 70, época do
milagre brasileiro, a Bolsa de Valores de São Paulo passava por momentos de
euforia: pessoas ficavam ricas da noite para o dia, pelo menos no boato.
Havia inúmeros lançamentos de
empresas. Muitas delas não possuíam nenhum fundamento técnico. A bolsa não
tinha tanto controle e exigências como hoje. Os negócios eram feitos via
telefone e pregão viva voz, as notícias econômicas eram escassas e sem muita
qualificação. Ou seja, o mercado era facilmente manipulado. Bastava espalhar
uma boato qualquer.
Até que surgiu uma brincadeira
entre os operadores, sobre um lançamento de uma empresa espetacular, que iria
enriquecer rapidamente quem as comprasse. Tratava-se da “MERPOSA – MERDA EM PÓ
S/A”.
A brincadeira correu pelas mesas
de operação das corretoras e bancos e até surgiram interessados na aquisição
das tais ações.
Época de um mercado pequeno, com pouca
regulação, fechado e baixo nível de informações.
O termo “MERPOSA”, usado até
hoje, transformou-se em sinônimo de empresas ruins, cujo preço de tão
depreciados viram “pó”.
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