sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

MERPOSA


 

No início dos anos 70, época do milagre brasileiro, a Bolsa de Valores de São Paulo passava por momentos de euforia: pessoas ficavam ricas da noite para o dia, pelo menos no boato.
Havia inúmeros lançamentos de empresas. Muitas delas não possuíam nenhum fundamento técnico. A bolsa não tinha tanto controle e exigências como hoje. Os negócios eram feitos via telefone e pregão viva voz, as notícias econômicas eram escassas e sem muita qualificação. Ou seja, o mercado era facilmente manipulado. Bastava espalhar uma boato qualquer.
Até que surgiu uma brincadeira entre os operadores, sobre um lançamento de uma empresa espetacular, que iria enriquecer rapidamente quem as comprasse. Tratava-se da “MERPOSA – MERDA EM PÓ S/A”.
A brincadeira correu pelas mesas de operação das corretoras e bancos e até surgiram interessados na aquisição das tais ações.
 Época de um mercado pequeno, com pouca regulação, fechado e baixo nível de informações.
O termo “MERPOSA”, usado até hoje, transformou-se em sinônimo de empresas ruins, cujo preço de tão depreciados viram “pó”.
 

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